Todos passam por momentos de dificuldade, estresse e luta, sendo que para alguns de nós, essas são situações cotidianas.  Muitas vezes, o cotidiano tornou-se dominado por algum tipo de experiência difícil que tende a se repetir. Muitas pessoas relatam a sensação de estar afundando, como se estivessem em areia movediça. Quanto mais você tenta sair, mais afunda. Outras pessoas relatam uma experiência de estar preso numa situação “chata” de longo prazo – que não tem saída.


Colocamos essas experiências sob a definição de um termo genérico: o estresse. Você pode estar sofrendo de estresse causado por ansiedade, dor crônica, depressão, ou, no momento, talvez esteja estressado devido a outras circunstâncias. Seja qual for sua condição atual, nosso trabalho está focado em mostrar que há um padrão comum a todas as experiências estressantes e que viver o presente é uma das formas práticas mais importantes para melhorar a qualidade de vida.

Estresse, Dor e Atenção Plena

O problema ou a doença talvez não mude, mas a forma pela qual nos relacionamos com elas e lidamos com a dificuldade podem mudar, fazendo com que tudo fique melhor.  Desenvolver uma maior consciência pode nos abrir para mudanças, para como abordamos nossas experiências – tirando mais prazer das coisas saudáveis e lidando mais efetivamente com as dificuldades.  Podemos ver quantas vezes nós perdemos momentos das nossas vidas! Podemos ver como nossas reações habituais e reflexivas às situações na vida, na maioria das vezes, apenas aumentam a dificuldade do problema original.


A princípio, a conexão entre estresse e Atenção Plena não é tão clara assim. Como retornar a minha atenção sempre à minha respiração poderá me mostrar o caminho para reduzir os níveis de ansiedade, baixo astral e até dores crônicas?


Para melhor entender a ligação entre os dois é preciso saber como o estresse funciona.

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O estresse é um ciclo. Esse ciclo descreve nossa tendência de cultivar e estabelecer reações automáticas aos eventos estressantes que encontramos em nossa vida diária. Por exemplo, uma mudança inesperada, alguém que desafia nosso ponto de vista, ou ainda quando, mais uma vez, ficamos frustrados com a nossa saúde...


O estresse pode ser disparado dentro de nós por uma situação externa ou interna (uma lembrança desagradável, por exemplo). Ao interpretamos esse tipo de experiência como uma “ameaça”, reagiremos, instintivamente, para “lutar”, “fugir” ou “congelar”. Em outras palavras, nosso corpo receberá a mensagem para se preparar para lutar, correr ou travar. Funcionamos assim – é nossa reação natural diante da ameaça. Várias mudanças psicológicas e físicas ocorrem nesse momento.


Se tivéssemos consciência desse processo de avaliação, o estresse não seria um problema! 


No entanto, quase nunca verificamos as percepções que formam a base dessas reações. A reação torna-se automática e inconsciente. Ter ciência disso é fundamental para entender a ligação entre o estresse e a prática da Atenção Plena. Mas antes de explorar a origem das reações, vamos completar o ciclo.


O hábito inconsciente de reagir automaticamente se fortalece quando não nos expressamos de maneira saudável. Em outras palavras, se nunca descarregarmos de forma hábil a tensão que cresce, vamos, sem saber, transferi-la para as próximas situações. A tensão apenas cresce dentro de nós, como uma bola de neve. Assim, o Ciclo do Estresse vai ganhando força. Pioramos a situação ao adotarmos hábitos nocivos, como comer demais, trabalhar demais, fumar, abusar do álcool, entre outros que acrescentam ainda mais estresse. Esses hábitos são chamados “hábitos mal-adaptados”, pois tentamos resolver os problemas por meio deles, mas a situação só piora. Os hábitos mal-adaptados, aliados às avaliações automáticas e inconscientes, criam efeitos, a longo prazo, geradores de mais estresse.


Por fim, nos tornarmos menos saudáveis e, eventualmente, nosso emocional explodirá, ou ficaremos esgotados - completando o ciclo. Com tudo isso, por mais que tentemos eliminar a raiz do problema, mais nos afundamos nele, dando a sensação de estarmos na areia movediça.


Talvez essa seja a descrição do que você vem atravessando. Você pode até começar a pensar que há algo de errado com você. No entanto, como todo mundo que sofre de estresse, você pode ter se tornado vítima do seu próprio esforço, heróico até, de se libertar – como alguém que afunda cada vez mais na areia movediça graças ao esforço feito para sair dela.

O Ciclo do Estresse

Os nossos workshops e também o Programa de Oito Semanas foram elaborados para ajudá-lo a entender como isso acontece e o que fazer a respeito. Neles compartilhamos com você as últimas descobertas científicas, que oferecem uma abordagem eficaz de como lidar com o estresse, a dor e a depressão.   A prática da Atenção Plena nos permite desacelerar nossa percepção e vivenciar o corpo e a mente de forma inédita. Você será capaz de perceber a experiência quando ela surge.  Ao praticar a Consciência Corporal, a Consciência da Respiração e outras práticas de meditação similares, trabalhamos o estresse quando começa a surgir em nós em vez de permitir que sejamos dominados pelas reações automáticas.


Dessa maneira, aprenderá a conviver com as situações de estresse em vez de lutar contra elas, ou de tentar fugir.  Essa abordagem irá lhe oferecer mais opções durante os momentos de crise. Pesquisas científicas recentes têm apresentado alguns resultados interessantes: quando um grupo de pessoas é exposto a um mesmo nível de excitação psicológica, aqueles que automaticamente evitam a exposição a situações desconfortáveis estão mais sujeitos a entrar em pânico do que aqueles dispostos a aceitar a ansiedade, (Karela, Forsyth, and Kelly, 2004). As pessoas sofrendo de dor crônica que aprenderam a vivenciar a dor com Atenção Plena (em vez de identificar a dor com o “eu”) aumentaram consideravelmente a tolerância à própria dor (Hayes et all, 1999). Para saber mais sobre a pesquisa, clique aqui.

Para resumir, vamos considerar as observações abaixo:

Duas considerações importantes

1. No primeiro momento em que uma experiência estressante ou dolorosa surge em nós, não são as sensações desconfortáveis que causam estragos, mas nossa reação automática em relação a elas. O problema está em nos mantermos no piloto-automático em vez de aprendermos a permitir que essas sensações surjam e desaparecam, momento a momento. Isso pode soar assustador ou até mesmo impraticável se você estiver vivendo com dor. É fácil relacionar-se com a dor como uma “coisa” fixa e dura, se identificando com essas sensações como “minha dor”. Na prática de Atenção Plena abrimos a seguinte possibilidade: se conseguir perceber essas resistências antes que elas o dominem, você poderá cultivar, passo a passo um espaço dentro de si e relaxar numa atenção consciente mais ampla. Em vez de somente oscilar entre lutar ou fugir, abrimos a opção de aprender a conviver com a situação em si.

2. Na verdade, o esforço habitual, em geral inconsciente, de nos livrarmos da situação de estresse ou dor, longe de nos libertar, nos mantém presos à experiência desagradável da qual estamos tentando escapar. Em outras palavras: a tentativa de se livrar do problema é o problema!

Os Workshops e Programas

Henry David Thoreau, escritor e pensador norte-americano (1817 - 1862)

Nada é tão útil ao homem como a resolução de não ter pressa.

Em outubro 2015,

“The School of Life” vai ter cursos intensivos (assim como na matriz, em Londres). Uma tarde de Mindfulness vai fazer parte da programação. Participe!

Uma das melhores maneiras de cultivar o momento presente em sua vida e com a prática da Atenção Plena na Respiração guiada por Stephen Little.

O espírito da curiosidade científica e do desejo de se basear no conhecimento atual mais completo, está exemplificado em vários estudos recentes nesta área e alguns recentes artigos.

Em março de 2013, a Folha de São Paulo fez uma entrevista com a pesquisadora americana Sara Lazar sobre o trabalho pioneiro dela com neuroimagem e meditação de Mindfulness.